[..:: Servidores – SP ::..] Serra não faz lição de casa. Mas tem “cara de conteúdo”

 

A mídia o "vende" como sério e realizador. Mas a verdade é que…


Serra não faz lição de casa. Mas tem "cara de conteúdo"


por Sylvio Micelli (*)


Quem convive há 15 anos com o PSDB no governo paulista, sabe muito bem o caos que é. Sentimos na pele o descaso e os maus tratos.

Mesmo assim, José Serra sai ileso e nós, servidores, somos os culpados por todos os problemas. Ancorado pela grande mídia e usando redes sociais em profusão, ele consegue vender a ideia de um governo sério e realizador.


Pura ilusão. Serra faz reverência com o chapéu alheio e proselitismo eleitoral, ao aumentar o salário mínimo estadual em índices e valores maiores que o mínimo nacional e se esquece dos seus servidores. Não faz, portanto, a lição de casa. Oras… se ele quer aumentar os salários dos funcionários da iniciativa privada, que não saem do "seu" bolso, por que ele não faz isso com o funcionalismo público do estado de São Paulo?


Pior. Encaminhou um projeto à Assembleia Legislativa paulista para aumentar o piso salarial dos servidores, mas "se esquece" de cumprir a Constituição Federal que, já cansamos de repetir, aponta para a reposição salarial "na mesma data e sem distinção de índices". O governador também dá de ombros para o cumprimento da data-base dos servidores e mesmo dizendo "ser sensível às demandas do Judiciário", como fez recentemente na cerimônia do "Ano Judiciário", o nosso Plano de Cargos e Carreiras completará, em breve, um quinquênio na Alesp.


A atuação de Serra, como a de seus antecessores, foi desastrosa, mas faz-nos lembrar uma antiga propaganda de um jornal tradicional de São Paulo. O governador, provável candidato à presidência da República, tem "cara de conteúdo". Pouco entende do nada, faz discursos retóricos e nada resolve.


O pior é constatar que, com sua saída, seu substituto que virá das urnas, seja do PSDB ou de outros partidos, pouco resolverá. A verdade é que, há muito, o maior estado do país está pessimamente mal representado e sem novas lideranças que possam trazer o choque de gestão no Serviço Público tão falado e bem longe de ser implementado.


(*) O autor, 39, é jornalista e servidor público do Judiciário


É diretor de Imprensa da Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (Assetj), da Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado de São Paulo (Fespesp) e da Associação Nacional dos Servidores do Poder Judiciário (ANSJ). É, ainda, presidente da Comissão Consultiva Mista (CCM) do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe)


EDITORIAL ORIGINALMENTE PUBLICADO NO JORNAL ASSETJ NOTÍCIAS Nº 128 (FEVEREIRO/2009)

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Atividade nos últimos dias:

Orgulho de ser SERVIDOR PÚBLICO!

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